domingo, 4 de maio de 2008



Medo

Medo do não
do sim
do olhar
Medo de sentir...
Medo de tocar
Esmagar com as mãos

Medo de escutar
Medo de tremer os joelhos
Medo de ter apenas para ver partir

Medo porque quer
Medo irracional
Pânico
Insanidade
Pavor
Dentes rangendo
Unhas quebradas, rasgando a parede
Medo



O que há?

O que há nos becos escuros?
O que há nas ruas?
O que há nas casas quentes?
O que há dentro?
Uma sala vazia,
A luz
Brilhante
Ilumina os rostos pálidos
Não são mais do que parte da mobília
O que há?
Sangue que corre
E só
Cortado um braço não irá pingar
Não é vivo, nem morto
Apenas está lá
A espera que o mundo desabe
Fazendo ferver, borbulhar!
E então diz o cético: "Vai morrer"
Que seja
O que há do outro lado?




Andressa Iha

Um comentário:

Anônimo disse...

Belo poema!Gostei muito do seu blog! =)

Edição de imagens: Diogo Viana
poetaeterno.blogspot.com