quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Frutos de brigas!

VIDRO VERMELHO

É tudo sempre em segredo,
tudo muito rápido
A lágrima contida
espremida no canto dos olhos,
o soluço abafado pelos gritos,
vozes estridentes de outra pessoa
As mãos trêmulas sem saber ao certo como se portar,
sem saber o que escrever,
sem saber se haverá tempo para transcrever
os sentimentos esmagados

E parece que tudo vai explodir!
A última gota está por cair
Vem deslizando... vagarosa...
sem a mesma pressa do coração frenético!
escorre lentamente....
E é o fim!!
Porque agora tudo são explosões
e as lágrimas vão sair,
fugir pelos olhos, deixando o peito vazio
E os berros serão próprios!
A cabeça se erguerá!
E as palavras serão duras,
nem serão palavras verdadeiras
Neologismos rudimentares
Rabiscos fortes, indefinidos como a dor

Os copos quebrados,
e o vidro irá sangrar...

FUGA

Correr, correr!!
As pernas só sabem fugir
Só querem se esconder
Para longe dessa loucura
Longe desse sofrimento
Sem os julgamentos e confusões desse mundo
Os músculos não obedecem
E tem que suportar as dores
Mas fecha os olhos e está correndo
Até perde o fôlego
E por alguns instantes é feliz


OS MENTIROSOS

Por que é assim?
Quem te ama diz que odeia
Quem te odeia diz que ama
E você não entende
as hipocrisias_ ímpeto da língua ferina
Apenas sorri...
Porque assim é o mundo
E precisa participar desse círculo vicioso
Portanto também é
Um falso!
Fingidor!
Mentiroso!
Porque todos somos...
Mesmo não querendo, lutando para não ser mais um
Ontem, hoje, agora
Mentirosos!
Simulamos vidas harmoniosas
Vivendo como uma família feliz
E a verdade?
Esta ainda procuramos, e como é difícil achá-la!
E se alguém a encontrou jamais saberemos
Pois como vamos acreditar,
quando diz que nunca a viu,
se todos somos mentirosos?

@#$*&%

Sai da minha frente!!
Antes que eu te esmurre
Isso mesmo, e vá se foder!
Nada de palavras melosas e bonitas
Sem essa de ser politicamente correta
Vou cuspir no seu rosto
E você nem me conhece?
Azar o seu, cruzou meu caminho
Nem precisou riscar o fósforo
Eu mesma o fiz...
Esconda seus cristais
Não se preocupe... os cacos eu juntarei...
e vou jogá-los na sua cara!!

Ahhhh!!!
Grito sim! Explodo, e é você que fica em mil pedaços!
Te faço entrar em combustão só com o olhar
Não tem contagem até dez ou mantra pra me acalmar
Um... dois... três...
Chutes que vou te dar!
Doce é o sangue do punho ferido
Só o pó vai sobrar
A poeira? Sopro ela pra longe...
E se te acertar, o problema é seu!

ANDRESSA IHA

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Edição de imagens: Diogo Viana
poetaeterno.blogspot.com