terça-feira, 4 de setembro de 2012

Grão de areia

Se eu fosse um grão de areia
ia deixar o mar me levar
passeava de um oceano a outro
um viajante sem destino
pronto para atracar em qualquer porto
que lhe desse
abrigo

Se eu fosse um grão de areia
deixava o vento me guiar
corria para o céu, por entre as nuvens brancas
pegava carona numa gota d'água
sentindo o arrepio frio da descida

Se eu fosse um grão de areia
seria o pó entre seus dedos na praia
seria o topo da torre mais alta do seu castelo
seria só mais um

Andressa Iha

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Edição de imagens: Diogo Viana
poetaeterno.blogspot.com