sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Quero sempre Sem

Quero sempre Sem

No meio da estrada parado
com um violão nas costas
Um eremita pede carona
Vai onde levarem
Era ladrão disfarçado
Se deixou levar e carregou consigo as palavras
Arrancando desse rosto sorrisos bobos
Sem jeito
Sem rumo
Sem eu
Pois agora você é parte também
Parte de algo que não sabe
Conhece, mas as palavras fugiram para outras mãos
Do outro lado, depois das paredes frias

O sol que vai nascer
Vai escutar as desculpas das promessas descumpridas
Feitas na noite
O dia perdoa
"Nunca mais nunca mais
Sem rumo
Sem direção"
O dia tem que perdoar

Se as palavras são fracas é porque
Roubou as mais belas
Deixou o silêncio cantado
Só para sentir
Sem entender
É um ritmo estranho
que faz dançar
Sem saber os passos
Sem jeito

Andressa Iha
para uma pessoa muito especial

3 comentários:

Leandro Jardim disse...

Gostei! O poema segue um caminho não usual, muito interessante!

:)

abs
Jardim

Anônimo disse...

expressa-se como passos de dança...

Parabéns...

beijusssssssssss

Poeta Eterno disse...

Adoro você assim escrevendo pra alguem...
Felicidade é contagioso, so de ver que alguem sente a gente pega carona nela...
Bejão!!!

Edição de imagens: Diogo Viana
poetaeterno.blogspot.com