sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Poesia Concreta

Não, não é arte usando concreto!! Ouvi isso mais de uma vez, em alguns casos era brincadeira, mas a maioria não fazia idéia do que eu estava falando. Aqui está um resumo sobre o assunto:

A POESIA CONCRETA


O Concretismo surgiu no Brasil, oficialmente em 1956, com a Exposição Nacional de Arte Concreta, realizada no Museu de Arte Moderna em São Paulo, mas este movimento acontecia em diversas partes do mundo. Após a Segunda Guerra o Concretismo se manifesta em países como Alemanha, França, Estados Unidos, Inglaterra e Escócia. Em muitos casos uns não sabiam o que os outros estavam fazendo. Aqui no Brasil surgiu quase que de forma simultânea, quando descobrem Erza Pound e resolvem realizar um trabalho de "invenção". Os "pais" do concretismo brasileiro foram: Augusto de Campos, Haroldo de Campos, Décio Pignatari, Wlademir Dias Pino, Ferreira Gullar e Ronaldo Azeredo. No apogeu do desenvolvimento da Era J.K. os intelectuais de São Paulo buscavam uma nova visão poética e ideológica, assim como a vanguarda modernista de 1922.

"Todo o poema é uma aventura planificada" Erza Pound

O concretismo propõe um experimentalismo poético (planificado e racionalizado). Tem como características básicas:

  • Ideograma: apelo à comunicação não-verbal.

  • Atomização: comumente as palavras são desmanchadas, criando outras significações.

  • Metacomunicação: simultaneidade da comunicação verbal e não-verbal.

  • Polissemia (muitos significados): trocadilho, justaposição de substantivos e verbos, aliteração.

  • Estrutura verbivocovisual: valorização do campo visual, do aspecto gráfico da letra, da cor e da disposição das palavras.
fontes: http://www.tanto.com.br/luizedmundo-concret.htm, http://educaterra.terra.com.br

Algumas obras:



Augusto de Campos










Décio Pignatari







poesia em tempo de fome
fome em tempo de poesia

poesia em lugar do homem
pronome em lugar do nome

homem em lugar de poesia
nome em lugar de pronome
poesia de dar o nome

nomear é dar o nome

nomeio o nome
nomeio o homem
no meio a fome

nomeio a fome

Haroldo de Campos











Marcelo Moura









Este blog tem mais ótimos poemas concretos: http://concretismo.zip.net/

3 comentários:

A toca do coelho disse...

Olá Andressa!
Fiquei encantada
com o conteúdo
de seu blog.
Principalmente com
este post de poesia concreta.
Eu amo!!!
Mt obrigada por sua passagem
na minha página, ... e
é óbvio q pode colocar meu
link aqui, pq o seu vai
imediatamente para o meu!!
se tiver interesse em conversar,
me add no msn, ok?
dilene.neves@hotmail.com
abraços!

Anônimo disse...

testando comentarios

Anônimo disse...

Oi!

Ah, eu adoro aqui ^^

Gostei do 'Poema sem significado'

Mas, realmente..

Se vc olhar beeem até as últimas reticências, parece uma cabeça c/ dois braços abertos embaixo..

e a parte de baixo...

parece um 'v'..

^^


Tée+
=**

Edição de imagens: Diogo Viana
poetaeterno.blogspot.com