sábado, 12 de janeiro de 2008

Achei estes perdidos por aí

Outra vez

Vou errando todos os dias
Falando tolices sem sentido
Palavras obscuras...
Nem entendo como pude pronunciar
Registrar no papel!

Mais um para a coleção
Outro pequeno troféu de minha ignorância
Já não cabem mais nestas prateleiras
Não aprendo, insisto
É burrice... sei que é

Entre um e outro aprendo um pouco
Entre dois ou mais perco alguém

Vida de tropeços
Os joelhos já estão em carne viva
Uma atadura e continuo...

Achados e perdidos

Perdi
Onde está?
Acha pra mim?
Me ajuda a procurar
É magnífico
Assusta de tanto esplendor
Esqueci em algum canto de mim

Como Alice

Eu vi um piano voar
As notas musicais dançando sua melodia
O dó rebolando alegre
A casinha de boneca era a minha
Chovia com gosto de menta
Eram as tortas que te engoliam
Os cavalos que nos montavam
Era Alice brincando
Os buracos sem fim
Queda demorada de uma vida inteira
Quando percebi me estatelei no chão
A migração dos pianos acabou...

Fatos e retratos

Fatos e retratos
A rima é boa
Tem lá seu significado
Procurem seu simbologismo
Alguma mensagem subliminar
Uma nota de sabedoria
Quem sabe não é
nos Fatos e Retratos que se esconde o sentido da vida?
Vamos esforçar essa massa cinzenta
Filosofemos!

Duas palavras vagas, unidas por sua terminação
Soltas sem destino
Inconsequentes do poder que tem
Livres para ser mais uma rima
Livres para ser sua salvação

ANDRESSA IHA

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Edição de imagens: Diogo Viana
poetaeterno.blogspot.com